Quando surge uma situação complexa pode existir a tendência para a resolver aplicando também soluções complexas.
As a saúde, a alimentação, a educação, as práticas físicas podem ser hoje trazidas a um nível de complexidade considerável: com métodos, com aplicações para telefone, com o livro da moda que é escolhido pelas receitas que vão ainda adicionar uma maior grau de complexidade nossa existência.
Esta complexidade pode ser frequentemente uma distração; como escrevia o meu amigo Fabian Krause no seu blog Friendly Anarchist.
- Escolhemos despejar a caixa de emails em vez de trabalhar no projecto X;
- Escolhemos trabalhar no projecto X em vez de trabalhar no projecto mais importante Y;
- Escolhemos o projecto Y em vez de sanar um conflito de longo prazo com quem trabalhamos;
- Escolhemos resolver o conflito em vez de aceitar o projecto Z num outro departamento que pode realmente fazer a diferença;
- Escolhemos aceitar o projecto Z em vez de deixar o trabalho e viver uma vida que secretamente desejamos hà mais de 20 anos.
Quando é tomada a decisão de abraçar a complexidade deve ser realizada também uma pergunta sincera:
Se a procura da complexidade não é afinal o adiamento para realizar uma escolha mais simples, que por ser tão simples é por si só também confrontadora?
Neste caso a complexidade por mais promessas de resolução que apresente não é uma solução, mas sim um adiamento.
Os atos de coragem não são aqueles que trazem mais complexidade à vida, à comunidade ou ao mundo, mas apontam para caminho mais simples e nutritivo – por isso se chamam actos de coragem.
Boas práticas.