Uma consulta de corredor começa com uma pergunta:
- O que é bom para o colesterol?
- O que é bom para a ansiedade?
- O que posso fazer para a anemia?
- …
Uma consulta de corredor é um bom exemplo de desempoderamento pessoal.
Quem pergunta acredita que é uma anemia, um colesterol, uma ansiedade.
Existem muitos tipos de ansiedade, de anemias e de colesterol, se somarmos as características individuais de cada ser humano, entendemos que qualquer desequilíbrio é um conjunto de centenas ou milhares de variáveis que fazem de nós únicos.
Não um rótulo, não uma caixa.
Uma consulta é um momento sagrado em que honramos a nossa diversidade humana e que tem a função de reconquistar esta humanidade, esse poder.
Necessita de tempo e de escuta nesta busca – frequentemente – de uma identidade perdida, de demasiadas caixas que foram sendo coleccionadas.
Para os pacientes ao receberem a receita de uma consulta de corredor estão a reforçar a crença da “caixa” em que o/a colocaram.
Para o terapeuta ao dar a receita está a compactuar com esta crença, quando a missão terapêutica é humanizar – não de rotular e encaixotar.
Boas práticas.