Partir pedra

Esta semana contaram-me a história de um homem,que em conjunto com outros homens escavaram um poço na pedra durante um ano.
Para poderem ter água potável.

Esta história não é uma história de resiliência física, de um conjunto de heróis que chegaram e venceram e voltaram para casa vitoriosos.

É a história de um conjunto de homens que todos os dias se levantaram da cama para escavar a pedra em busca de água e voltavam para casa à noite – durante um ano.

Esta é uma história de resiliência emocional.

Começar uma dieta, um livro, uma peregrinação, um curso, ou tomar a decisão de deixar de fumar não é difícil, comparativamente com o compromisso diário de manter essa decisão.

Este é um trabalho  frequentemente invisível, quando se deseja aprofundar e ganhar mestria em qualquer arte.

Embora os dois sejam importantes e complementares existe uma diferença entre eles.

O primeiro visa a recompensa imediata ou a curto prazo.

O segundo, no caso da história que abre este artigo, não é o jorrar da água que é o ponto alto, mas sim, a vitória do percurso que se realizou e de quem o realizou.

Se fosse uma máquina que tivesse aberto o poço em dois dias, este acontecimento teria facilmente caído no esquecimento da família e da população.

O topo da colina será sempre diferente entre quem chega lá de automóvel ou para quem decide ir a pé.

Boas práticas.