Quem escreve, pinta, fotografa, cozinha, ensina, ou dedica parte da sua energia a uma arte, sabe que muito do que produz acaba no lixo.
- São milhares de linhas que são escritas e são apagadas, vezes sem conta
- São litros e litros de tinta, até as cores combinarem
- São centenas ou milhares de experimentações culinárias, até chegar ao paladar desejado
- São dias de preparação, para algumas horas ou mesmo minutos de apresentação
- No final do dia, muitas ideias são abandonadas, muita louça acaba para reciclar.
Partir a louça, significa ter coragem de experimentar, errar, sujar as mãos as vezes necessárias, que nem sempre o resultado é o esperado – e frequentemente é isso que acontece.
Eliminar, (re)equacionar, mais uma vez e outra vez.
A quantidade de loiça partida pode traçar uma linha clara entre o trabalhador/artista, do Trabalhador/Artista.
Os primeiros, esperam que a fórmula funcione, porque é mais seguro e leva a uma maior produtividade – semelhante à do dia anterior, do mês anterior, ou do ano anterior.
Os segundos, compreendem a necessidade de que a fórmula falhe, que a loiça seja partida – às vezes ruidosamente, para poderem criar algo de novo, que possa efectivamente fazer a diferença, valer a pena e trazer qualidade às suas vidas.
Boas práticas.
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Para chegarmos a este programa dos nossos cursos do próximo ano partimos uma quantidade considerável de louça neste últimos anos. Toneladas talvez.
Este é um curso para o segundo grupo, para aqueles que não têm medo de partir louça ou então, embora seja desafiante e pareça assustador, acreditam que nunca é tarde demais para começar.
Conheça aqui o trilho para a caminhada dos próximos dois anos.