
A ponte suspensa maior do mundo
Existe o mito de que a vida é sempre igual, um ciclo repetitivo, que começa com o levantar da cama e depois com o deitar, quando tudo o que foi possível fazer já foi realizado.
Quando este mito está presente em alguém realizo o seguinte convite: O convite de adoptarem um hábito diário. Esse hábito pode ser o que desejarem. Beber um copo de água, saltar à corda, rezar um mantra, fazer a saudação ao sol, meditar.
A única condição que coloco é que tem de ser realizado todos os dias à mesma hora.
Quem realiza este exercício entende que, se decide beber um copo de água, há dias que às 7 da manhã está na cozinha a e há outros em que é mais cedo e outros mais tarde ou então esquecemo-nos do copo de água na aceleração de como o dia começou.
Ou seja, a vida não é sempre igual, se fosse sempre igual conseguiríamos manter os nossos hábitos impecavelmente imaculados todos os dias até desejarmos que eles terminassem.
O que pode acontecer aqui?
Duas coisas:
- O hábito falha
- O hábito foi concretizado
A maioria de quem começa um hábito e encontra a primeira alínea, tenta várias vezes, falha e pára dias depois.
Vamos tentar perceber porquê:
Existem pelos menos cinco estágios que passamos no processo de criar um hábito.
- Euforia
- Embate
- Adaptação
- O_ Acontecimento_
- Velocidade de cruzeiro
Vou referir os primeiros 3
A Euforia é quando começamos um hábito, é aquela sensação de adrenalina de que a vida vai mudar em algum aspecto. Dura entre 7 a 10 dias.
O Embate é quando chegamos à conclusão de que estamos sozinhos. Se no início toda a gente tinha de saber que eliminamos o açúcar da dieta, que começamos no ginásio, que deixamos de fumar, neste ponto já ninguém quer saber e percebemos que estamos por nossa conta e risco.
A Adaptação é o momento do vai ou racha, é o momento que percebo que não consigo ir todos os dias ao ginásio e vou só 3 vezes por semana ou menos, mas vou, que não consigo eliminar o açúcar totalmente, mas reduzo a quantidade, que continuo a fumar mas reduzi para um cigarro após o almoço e outro ao jantar,
E fico orgulhoso por isso.
É na adaptação que encontramos o ponto de viragem, que encontramos a nossa individualidade, até a encontramos somos autómatos e isso dói.
Dói durante a criação do hábito porque estamos a personificar um modelo que não é o nosso e dói quando o deixamos por não sermos capazes de o realizar segundo o modelo, o standart, com o sentimento que ainda não foi desta.
É na capacidade de nos adaptarmos que criamos a longevidade e a vitalidade de um hábito.
Tal como na vida.
Já pensou que quando cruza as pernas e medita está a personificar uma imagem de alguém iluminado?
Ou quando contemplamos e admiramos alguém como Jesus Cristo ou outra divindade esquecemo-nos que essa pessoa antes disso já teve dores nas pernas, altos e baixos emocionais, foi irracional em vários escolhas da sua vida, experimentou vários tipos de meditação e falhou?
Muitas vezes.
Se chegou a esse estado iluminação pode significar que não teve medo de errar ou também pode significar que criou e o seu próprio modelo de adaptação à sua real motivação.
O seu caminho pessoal.
Assim a minha proposta hoje é que pense em hábitos que abandonou, ou que estão naquela fronteira, do vai não vai, para serem substituídos – pela próxima coisa.
Tente mais uma vez, fique mais um dia, mas segundo as suas próprias regras, ao seu ritmo, e que se identifica com o seu ritmo pessoal.
Qual é o passo mínimo que pode dar nessa direcção – O Seu Passo.
Durante esta semana gravei um vídeo sobre: Porque é que os hábito falham. Pode assistir aqui. Se desejar aprofundar este tema
Boas práticas
Lourenço de Azevedo
P.s. Entretanto temos estado com algumas modificações no nosso blog a nível organização de informação para que possa ser mais fácil encontrar o que procura.
Na secção Blog no regenerar.shop pode agora encontrar.
- Artigos – O que fomos e vamos publicando sobre Sustentabilidade Pessoal
- Receitas – da Marta, mais virão.
- Palestras – Adicionamos hoje algumas que estavam por ai espalhadas
Artigos dos nossos colaboradores
- Sugestões de leitura – do José Carvalho
- Conversas sem fim – da Maria João Lucas
Até já